Última alteração: 2016-07-21
Resumo
A inserção do psicólogo na escola, sua atuação e o seu reconhecimento como profissional pode contribuir para os processos desenvolvidos na instituição escolar. O presente estudo tem como objetivo refletir sobre o papel do psicólogo escolar nas instituições em que atuam. A metodologia usada foi pesquisa bibliográfica através da busca nas bases de dados Scielo, com utilização dos seguintes unitermos: psicologia, escola e atuação profissional, entre 2014 e 2016, sendo identificados sete estudos. A literatura indica que o papel do Psicólogo escolar é o de trabalhar como agente de mudanças no ambiente escolar, partindo da realidade de cada instituição e, através desta análise, propor ações que façam com que a comunidade escolar possa trabalhar de forma eficaz para resolução dos conflitos, com um olhar mais amplo. Ele não deve trazer um saber ou resposta pronta; deve interagir para construir uma solução viável na escola, na universidade ou em organização não governamental (Dias, Patias, & Abaid, 2014). Olhar a comunidade na qual a escola está inserida, principalmente comunidades mais carentes onde a pobreza e a violência são uma realidade, reafirma a necessidade de práticas educativas terem objetivos de emancipação, a fim de propiciar reflexão e crítica (Sant’Ana & Guzzo, 2016; Prudêncio, Marivete, & Oltramari, 2015). Cabe ao psicólogo discutir como a gestão das escolas pode ajudar o profissional na inserção no contexto, tornando-se parte da construção deste processo, com um trabalho cooperativo e estabelecendo uma visão ampla dos problemas escolares. A escola é permeada por relações de poder, em cujos meandros são produzidos os processos de culpabilização do próprio aluno por seus problemas de aprendizagem. Ter consciência disto é essencial para quebrar esta lógica vigente, que se pauta por desigualdades, mas constitui-se como um grande desafio para todos os envolvidos. Muitas vezes, o próprio psicólogo desconstrói a visão de “aluno-problema” para construir a de “professor-problema”, o que não contribui para a transformação dessa realidade (Peretta, et a, 2014; Triguero, 2015). O Psicólogo deve apresentar um olhar diferenciado a respeito dos conflitos que ocorrem no ambiente escolar, conforme Petroni e Souza (2014), para superar os empecilhos ao desenvolvimento de um trabalho efetivo como, por exemplo, as políticas públicas que não atendem às necessidades reais do contexto escolar e as novas demandas sociais direcionadas à escola.
Palavras-chave: Psicologia, Escola, Atuação profissional.
Palavras-chave
Referências
Ele não deve trazer um saber ou resposta pronta; deve interagir para construir uma solução viável na escola, na universidade ou em organização não governamental (Dias, Patias, & Abaid, 2014)
Olhar a comunidade na qual a escola está inserida, principalmente comunidades mais carentes onde a pobreza e a violência são uma realidade, reafirma a necessidade de práticas educativas terem objetivos de emancipação, a fim de propiciar reflexão e crítica (Sant’Ana & Guzzo, 2016; Prudêncio, Marivete, & Oltramari, 2015)
Muitas vezes, o próprio psicólogo desconstrói a visão de “aluno-problema” para construir a de “professor-problema”, o que não contribui para a transformação dessa realidade (Peretta, et a, 2014; Triguero, 2015).
O Psicólogo deve apresentar um olhar diferenciado a respeito dos conflitos que ocorrem no ambiente escolar, conforme Petroni e Souza (2014),